Vamos conversar sobre relacionamento?

Problemas e/ou dificuldades…

Problemas no relacionamento

Naturalmente, nós seres humanos, somos criaturas sociais. Vivemos em meio a diversas comunidades, desenvolvendo diversos laços e fortalecendo ou desfazendo outros que já existem.

Nessa caminhada, encontramos alguns parceiros e parceiras com os quais decidimos dividir a vida. E vai tudo muito bem até que… os problemas surgem. E com eles, os conflitos, os desgastes, a perda da admiração, etc.

Pois é, todos nós que decidimos viver ativamente nosso lado afetivo, estamos sujeitos à vivencia dos desamores, das decepções amorosas ou, simplesmente, das dificuldades no relacionamento.

Principais desafios

Muito se fala sobre relacionamentos abusivos, relacionamento tóxico e dificuldades afetivas de modo geral. Cada vez mais, tem vindo à tona, a necessidade de trabalhar aspectos e habilidades interpessoais que propiciem a vivência de uma relação saudável. Quer dizer, não basta só amar, é preciso saber amar pra coisa fluir melhor.

Nesse sentido, podemos identificar algumas questões mais comuns que chegam aos consultórios:

Comunicação

Quando resolvemos dar as mãos e seguir juntos, não deixamos pra trás nossas individualidades. Traçamos até aqui, uma trajetória, toda uma história de vida que compõe quem somos hoje. Ao nos juntarmos com outra pessoa, isso não deixa de existir. Essa mochila de experiências e características vai conosco e vai com o outro também.

Em muitas ocasiões, vai haver um match natural. As opiniões vão se encaixar e coexistir harmoniosamente. As decisões serão conjuntas. Tudo vai correr da melhor forma. Mas não será sempre assim. Por serem indivíduos, com características únicas, em diversos outros momentos, ocorrerão divergências, discordâncias e por fim, impasses.

A ponte que vai ligar esses dois mundos, tão diferentes e tão parecidos ao mesmo tempo, vai ser não outra se não a comunicação. O bom diálogo será o responsável pela resolução assertiva dos impasses.

No momento do diálogo, tudo pode acontecer: a terceira guerra mundial estourar ou os dois saírem da mesa contentes com seu novo acordo. A chave que fará a diferença está nas habilidades de comunicação e o diálogo aberto com o(a) parceiro(a), na escolha de momentos adequados para ter a conversa, no bom domínio do seu estado emocional e no autoconhecimento das suas necessidades afim de obter uma boa negociação.

Você costuma negociar com quem está ao seu lado?

Intimidade

Ok, mas nem todo mundo tem problemas pra se comunicar. Alguns casais até se falam bem, trocam figurinhas, mas não se sentem próximos. Sabe aquela conexão? Não está ali. Por algum motivo, não conseguem se sentir conectados ao parceiro.

Quando vamos investigar, podemos perceber que, em geral, não costumam passar muito tempo de qualidade juntos. Passam sim, muito tempo juntos. Mas não de qualidade. 

Geralmente os tópicos conversados são trabalho, casa, obrigações. Não falam sobre seus receios, seus desejos, suas vulnerabilidades.

Alguns casais não se divertem juntos, não encontram similaridades em seus hobbies e opções de lazer. Alguns se forçam a fazer apenas o que o parceiro gosta ou são rígidos e não querem fazer nada que não tenha escolhido. E isso vai criando uma rachadura, que quando não é cuidada, pode virar um verdadeiro abismo.

Você já se sentiu a um abismo de distância do seu parceiro?

Problemas Sexuais

Outro aspecto importante da intimidade do casal é a própria vida sexual. Esse tema é muito comum, onde vários casais podem encontrar sintonia ou completa diferença no quarto.

Para alguns casais, há discrepância na libido. Um quer mais que o outro.

Para outros, o assunto é um tabu. E já sabemos o quanto um elefante branco na sala pode incomodar, né?

Há ainda aqueles que terão dificuldades para encontrar afinidade no ato. E alguém (ou os dois) acaba saindo insatisfeito dessa história.

São muitas as dificuldades que o casal pode encontrar nesse âmbito.

Você se sente sexualmente compatível com seu parceiro?

Ciúme

Esse então, é super corriqueiro. Já quase naturalizado pela nossa cultura afetiva. 

É muito comum sentir ciúmes. Alguns até interpretam como sinal de saúde do relacionamento ou como um termômetro do amor. Será que é mesmo o ciúme que mede o quanto amamos?

Primeiro, é importante naturalizar a emoção. O ciúme, assim como a felicidade, a tristeza, a raiva, é uma emoção comum à experiência humana. O problema, como em muitas coisas da vida, está no excesso.

O ciúme pode ser exagerado quando ideias fantasiosas tomam frente ou atitudes irrelevantes são vistas como sinal de infidelidade. Pode ser obsessivo quando é incessante e consome toda o seu tempo e energia. Pode, inclusive, se tornar patológico, a partir do momento que te traz consequências expressivas nas suas relações, na sua funcionalidade, no trabalho ou com amigos e familiares.

Seu ciúme é emoção ou patologia?

Sinais de relacionamento problemático:

Pensando em tudo isso, separei alguns indícios que podem te ajudar a identificar se o seu relacionamento está em desequilíbrio:

Decisões

Constantes discordâncias de ideias

Ao discordar, um ou ambos tendem a se irritar

Falta de equilíbrio nas decisões

Dificuldade de chegar a acordos

Alguém sempre acaba se magoando

Finanças

Gastos excessivos

Discordância na administração dos recursos

Falta de planejamento financeiro

Divergência de prioridades

Irresponsabilidade financeira

Relacionamento Sexual

Diferem em gostos sexuais

Frequência sexual insatisfatória

Experiências sexuais insatisfatórias

Falta de interesse sexual

Sexo como forma de controle

Lazer

Poucos momentos de diversão juntos

Priorizar momentos sozinho(a)

Falta de motivação para atividades prazerosas

Pouca afinidade na escolha por lazer

Falta de equilíbrio entre o tempo do casal e o tempo separados

Busque ajuda!

Em casal ou individualmente, você pode contar com apoio. Existem formas saudáveis de se relacionar. A terapia é o espaço que vai permitir olhar pra esses processos e identificar as dificuldades vividas a dois.

Na terapia de casal, é possível trabalhar a comunicação de ambos, a resolução assertiva de problemas e o alinhamento das expectativas do casal. Será que vocês enxergam a relação da mesma forma?

Já a terapia individual vai permitir que você cuide dos próprios mecanismos. Seja para lidar com a dor de conviver com um(a) parceiro(a) que apresente essas características, ou seja pra identificar em você mesmo(a) alguns desses sinais que podem ser trabalhados e afinados, para que você consiga atingir um maior equilíbrio nas suas relações e, principalmente, na sua vida.

Vinicius Mello - Doctoralia.com.br
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